hotel turismo de Abrantes, um clássico.
Existem lugares que são verdadeiros clássicos. Não por serem velhinhos. Mas por a sua posição impor um misto de respeito e admiração. O Hotel Turismo, em Abrantes, para mim será sempre muito mais do que um hotel. Para mim, é um clássico. Um clássico que marcou a minha infância e talvez a infância de toda a minha geração (e talvez algumas gerações anteriores à minha). Hoje os tempos são outros e para as gerações mais recentes, o Hotel Turismo é “apenas” o hotel da cidade. E ainda bem que o é (afinal, é a função dele). Esteve quase ao abandono e foi recentemente renovado.
Se fizer um rápido voltar atrás no tempo e sintonizar no Verão de 1995, existiam duas hipóteses para me encontrar. Ou no ringue do Rossio ou na piscina do hotel. Tinha 10 anos, não tinha internet, nem telemóvel, nem Playstation. Não tenho uma única recordação de Verão, da minha infância, em casa. E olhem que a minha memória é gigante. Ou pegava na bicicleta e ia para ringue jogar à bola (só voltava a casa para almoçar e quando ficava noite) ou pedia aos meus país para me deixarem na piscina do hotel. Tantas tardes de Verão que passei naquela piscina. Tantas memórias (boas) daquele lugar. Nos dias de hoje, nem com eventos no facebook patrocinados se conseguiria juntar tanta gente conhecida num só local. É com uma grande dose de saudosismo e de carinho que escrevo estas palavras, mas percebo que nos dias de hoje, seria um feito impossível de replicar. Os tempos são outros, existe mais informação, existem mais coisas para fazer, é mais fácil chegar a outros locais. E tudo isto mudou um pouco as pessoas. E, depois, na verdade, a piscina era do hotel. Que hotel, hoje em dia, abre as portas da sua piscina para toda a juventude de uma cidade? Pois, nenhum. Mas fico muito feliz por ter vivido naquele tempo e o Hotel Turismo ser, para mim, quase como um velho amigo, daqueles que recordamos muitas aventuras, sempre que nos encontramos. E foi assim que visitei o recém renovado Luna Hotel Turismo. De sorriso na cara, a recordar tudo o que por lá vivi e contente por o ver bonito outra vez (mesmo que já não volte a mergulhar na sua piscina).
O hotel foi inaugurado em 1954, anunciado-se como “um dos mais modernos, confortáveis e bem situados do país”. Projecto da autoria do Arquitecto Vasco Lacerda Marques, que lhe reforça o estatuto de clássico. Acredito que boa parte da sua vida tenha sido de grande sucesso. Pela sua centralidade e cariz industrial, Abrantes sempre foi um interessante polo receptor de gente vinda de outras “províncias”. Mas com o andar dos anos, todos os projectos necessitam de uma vida nova e de uma adaptação aos modelos de decorrem na sua actualidade. O que é certo, é o “moderno e confortável” hotel de 1954, passou a ser um triste e decadente hotel na década de 90. Curiosamente, na mesma altura que mergulhava e cultivava memórias na sua piscina. E talvez o achasse mesmo o melhor hotel do Mundo. Mas isto era a cabeça de um miúdo de 12 anos que gostava de passar o Verão com os amigos. Do ponto visto turístico e empresarial, o hotel estava perto do fim. E tanto estava, que passou de um moribundo com classe, para um hotel fechado, quase ao abandono anos mais tarde.
Felizmente, alguém viu o potencial desde clássico, localizado no morro de Santo António, com uma vista privilegiada para o centro histórico da cidade. Foi recém inagurado (em 2017), mantendo a classe de outrora, mas cumprindo as exigências dos dias de hoje. Foi com grande alegria que visitei o “meu hotel”. A minha cidade voltou a ter um hotel “moderno e confortável”. Sim, “a minha piscina” deixou de ter os 4 metros de profundidade e uma prancha de saltos. Passou a ser, uma “normal” e segura piscina de hotel. Felizmente este “novo” clássico esta a ser um sucesso. A centralidade e a história não mudam, e são a grande mais valia desta bonita cidade da antiga província do Ribatejo.
Existem lugares que são verdadeiros clássicos. Não por serem velhinhos. Mas por a sua posição impor um misto de respeito e admiração. O Hotel Turismo, em Abrantes, para mim será sempre muito mais do que um hotel. Para mim, é um clássico. Um clássico que marcou a minha infância e talvez a infância de toda a minha geração (e talvez algumas gerações anteriores à minha). Hoje os tempos são outros e para as gerações mais recentes, o Hotel Turismo é “apenas” o hotel da cidade. E ainda bem que o é (afinal, é a função dele). Esteve quase ao abandono e foi recentemente renovado.
Se fizer um rápido voltar atrás no tempo e sintonizar no Verão de 1995, existiam duas hipóteses para me encontrar. Ou no ringue do Rossio ou na piscina do hotel. Tinha 10 anos, não tinha internet, nem telemóvel, nem Playstation. Não tenho uma única recordação de Verão, da minha infância, em casa. E olhem que a minha memória é gigante. Ou pegava na bicicleta e ia para ringue jogar à bola (só voltava a casa para almoçar e quando ficava noite) ou pedia aos meus país para me deixarem na piscina do hotel. Tantas tardes de Verão que passei naquela piscina. Tantas memórias (boas) daquele lugar. Nos dias de hoje, nem com eventos no facebook patrocinados se conseguiria juntar tanta gente conhecida num só local. É com uma grande dose de saudosismo e de carinho que escrevo estas palavras, mas percebo que nos dias de hoje, seria um feito impossível de replicar. Os tempos são outros, existe mais informação, existem mais coisas para fazer, é mais fácil chegar a outros locais. E tudo isto mudou um pouco as pessoas. E, depois, na verdade, a piscina era do hotel. Que hotel, hoje em dia, abre as portas da sua piscina para toda a juventude de uma cidade? Pois, nenhum. Mas fico muito feliz por ter vivido naquele tempo e o Hotel Turismo ser, para mim, quase como um velho amigo, daqueles que recordamos muitas aventuras, sempre que nos encontramos. E foi assim que visitei o recém renovado Luna Hotel Turismo. De sorriso na cara, a recordar tudo o que por lá vivi e contente por o ver bonito outra vez (mesmo que já não volte a mergulhar na sua piscina).
O hotel foi inaugurado em 1954, anunciado-se como “um dos mais modernos, confortáveis e bem situados do país”. Projecto da autoria do Arquitecto Vasco Lacerda Marques, que lhe reforça o estatuto de clássico. Acredito que boa parte da sua vida tenha sido de grande sucesso. Pela sua centralidade e cariz industrial, Abrantes sempre foi um interessante polo receptor de gente vinda de outras “províncias”. Mas com o andar dos anos, todos os projectos necessitam de uma vida nova e de uma adaptação aos modelos de decorrem na sua actualidade. O que é certo, é o “moderno e confortável” hotel de 1954, passou a ser um triste e decadente hotel na década de 90. Curiosamente, na mesma altura que mergulhava e cultivava memórias na sua piscina. E talvez o achasse mesmo o melhor hotel do Mundo. Mas isto era a cabeça de um miúdo de 12 anos que gostava de passar o Verão com os amigos. Do ponto visto turístico e empresarial, o hotel estava perto do fim. E tanto estava, que passou de um moribundo com classe, para um hotel fechado, quase ao abandono anos mais tarde.
Felizmente, alguém viu o potencial desde clássico, localizado no morro de Santo António, com uma vista privilegiada para o centro histórico da cidade. Foi recém inagurado (em 2017), mantendo a classe de outrora, mas cumprindo as exigências dos dias de hoje. Foi com grande alegria que visitei o “meu hotel”. A minha cidade voltou a ter um hotel “moderno e confortável”. Sim, “a minha piscina” deixou de ter os 4 metros de profundidade e uma prancha de saltos. Passou a ser, uma “normal” e segura piscina de hotel. Felizmente este “novo” clássico esta a ser um sucesso. A centralidade e a história não mudam, e são a grande mais valia desta bonita cidade da antiga província do Ribatejo.