road trip por abrantes

 

Muitos me dirão: “road trip só em Abrantes!? Road trip para ser road trip tem que ligar, no mínimo, Abrantes ao Cabo Norte, na longínqua Noruega!”. Isto, meus amigos, é tão falso como dizerem que praia como deve de ser, só na Republica Dominicana. Por isso, afirmo com exactidão, que podem ter uma experiência extraordinária ao fazerem uma road trip pelo concelho de Abrantes. Passo a explicar porquê e como a fazer, para atingir o estatuto de extraordinária.

Abrantes é um território muito particular. É a cidade mais central de Portugal (não confundir com o ponto 0, que esse é em Vila de Rei). Pertence à antiga província do Ribatejo e à sub-região do Médio Tejo. A Norte faz fronteira com a Beira Interior, a Este faz fronteira com o Alentejo, a Oeste faz fronteira com o concelho da Chamusca, que é do mais Ribatejo que pode existir (sim, com lezíria, cavalos e touros), e a Sul faz fronteira, novamente, com o Alentejo. Digam-me lá, se isto não é especial!? Fico sempre com “aquele brilhozinho nos olhos”, cada vez que escrevo ou falo nisto. Depois, a Norte a fronteira é definida pela albufeira de Castelo de Bode e pelo rio Zêzere e no centro, o território é “rasgado” pelo rio Tejo. Tudo isto, é sinónimo de uma diversidade enorme, que pode ser vista e vivida, ao longo dos quase 50km, que em linha recta, separam o Norte do Sul. Na Route 66, que é um sonho, fazem 50km com a mesma paisagem. Aqui, em Abrantes, fazem 50km entre paisagens, culturas e pessoas, completamente distintas.

A Road Trip:

Vou dividir esta viagem, em três etapas, que representam culturas e paisagens distintas. Norte, Centro e Sul.

NORTE

Uma viagem especial como esta, tem começar num lugar especial. Cristo Rei da Matagosa. É espécie de “pequeno segredo” de Abrantes. Poucos são as pessoas do sul e centro do concelho que conhecem este lugar. Acredito que seja o ponto mais alto de todo o território, que o transforma numa espécie de anfiteatro (ou miradouro), para a albufeira de Castelo de Bode e para as aldeias escondidas no meio da densa floresta. Demorem o tempo que quiserem a sentir a paisagem. Esta road trip é para ser feita devagar, sem pressa.

Depois de descer do cume do Cristo Rei, é seguir viagem pelas bonitas aldeias junto à albufeira. Com o azul das águas a misturar-se com verde da floresta. As primeiras aldeias vão ser Matagosa e Água das Casas. Para mim, duas simples e icônicas aldeias. Têm uma genuinidade quem me encanta, e uma espécie de charme rural, elevado pela paisagem arrebatadora que as envolve. Um cuidado. Se fizerem esta viagem no Verão, poderão apanhar as festas anuais destas aldeias. Correm um sério risco de a viagem acabar aqui. É que as festas de Verão do Norte do concelho são tão giras, que podem não querer sair de lá e esquecer por completo a road trip. Então a festa de Água das Casas, é uma coisa extraordinária.

Depois de passar Água das Casas, é seguir por uma pequena estrada de terra batida até à aldeia das Fontes. Calma, não é preciso um carro de combate para passar nesta estrada. O piso é bom. Estão a seguir pelo caminho da Grande Rota do Zêzere, que segue paralela desde a nascente até à foz do rio Zêzere. Ao chegarem às Fontes, existem dois pontos obrigatórios. A Tasquinha da Aldeia, para mim, um dos melhores restaurantes de todo o concelho, e o miradouro da aldeia, que também é o adro da igreja. Um vista monumental.

Depois das Fontes, o vosso GPS deve apontar para Aldeia do Mato. Provavelmente a mais conhecida aldeia do norte do concelho, muito por culpa da bonita praia fluvial. Também tem outros serviços, como restaurantes, tem um hotel e unidades de turismo rural, uma pequena marina e até um cable park para a prática de Wakeboard. Mas antes de chegarem a Aldeia do Mato, ainda tem paragens obrigatórias em Carvalhal, a maior aldeia que irão encontrar nesta primeira etapa, e na Cabeça Gorda, que tem a particularidade de ter acesso (de barco ou a nado) a uma pequena ilha no meio da albufeira. É local de paragem obrigatória no Verão, para um belo mergulho.

Todos os pequenos vislumbres de água são pretextos para uma paragem. Existem muitos outros lugares especiais por aqui (Maxial do Além ou Cabeça Ruiva, são exemplos). A viagem a norte, termina na Aldeia do Mato, é tempo de seguir para sul.

CENTRO

A saída de Aldeia do Mato será feita a todo o vapor. Pouco mais de 8km distam da próxima paragem, Rio de Moinhos. Já bem próximo do centro da cidade e do maior núcleo urbano deste território. Aqui vamos assistir pela primeira vez, aquela questão dos contrastes que vos falei. Em Rio de Moinhos, “naveguem” até ao antigo porto desta aldeia, junto ao rio Tejo. Vão perceber logo tudo o que vos disse. Vão perceber a grandiosidade do Tejo e as histórias que ele carrega. É um enorme espaço aberto, com a vila do Tramagal à vossa frente e com imensos campos agrícolas, que se estendem até Constância, o concelho vizinho, onde o Tejo que agora estão a ver, se irá encontrar com Zêzere, que viram nas aldeias do norte. Com Tejo e os seus terrenos férteis, acabaram de entrar numa nova dimensão. A Lezíria Ribatejana. A densa floresta de terreno irregular, deu lugar à planície de terrenos húmidos. Vinha, milheiral ou olival, são algumas visões culturais que vos irão acompanhar.

Rio de Moinhos fica mesmo na zona fronteira do perímetro urbano, portanto, num ápice entraram na cidade. Existem muito lugares obrigatórios e interessantes, mas a viagem pelo centro histórico tem que começar no Castelo. E no Castelo é obrigatório subir até à Torre de Menagem. Vão estar no centro do concelho, e por um ponto alto e de vista desafogada, vão poder admirar alguns dos contrastes deste território. A floresta de pequenas serras a norte, a planície a sul, e o Tejo e a zona histórica da cidade mesmo ao vosso lado. É tempo de deixar um bocadinho o carro e “navegar” a pé pelas ruas da cidade. As ruas são estreitas e cheias de histórias, umas mais antigas, outras mais recentes, como as obras de arte urbana deixadas pelo Creative Camp. Na cidade, devem passar pela Drogaria Nova da Joana, almoçar no Santa Isabel do Alberto, comer um gelado na Lis ou ver o que existe pela galeria quARTel.

Vamos passar para o outro lado do rio. Vamos entrar na minha terra. Rossio ao Sul do Tejo. É obrigatório passar na marginal junto rio. Um lugar muito querido para toda a gente que é dali. Muitas coisas vivi junto ao rio. Tirando a parte do coração, acho que um é lugar muito bonito, que ganha especial encanto com o cair do Sol e assistir à cidade iluminada mesmo à nossa frente, com o Tejo como base. Se for 6a feira, podem também passar pelo café Pato Bravo, que existe uma grande probabilidade de eu lá estar.

Do Rossio vamos seguir para o Tramagal. Sempre junto ao Tejo. O Tramagal é dos lugares históricos do concelho. Muito por culpa da família Duarte Ferreira e da sua metalúrgica. Com um passado industrial gigante e muito interessante. Existe um museu, que aconselho a visitar. Digam à Ligia que vão da minha parte, que ela vai receber-vos muito bem. Caso não digam nada, ela vai receber-vos muito bem na mesma. Façam-lhe muitas perguntas, que ela sabe muitas histórias. Depois do museu, vão ficar encantados com o Tramagal. Mas não acaba aqui. Ainda existe mais uma paragem. A vinha e adega do Casal da Coelheira. A vinha é magnifica e fica colada ao Tejo. Tão colada que no Inverno, com o aumento de caudal, até forma pequenas ilhas de vinha. Mais junto ao centro da vila está a adega, que é muito interessante e feita de gente boa. Vão receber-vos bem com toda a certeza. E o vinho. Sim, o vinho é muito bom. A prova é obrigatória.

SUL

No centro do Tramagal, vão encontrar uma indicação para a aldeia das Bicas. É para aí que vão seguir. Começamos a entrar na imensidão do sul do concelho. O Tejo fica para trás, e a Lezíria também. Estamos a entrar na zona da Charneca Ribatejana. Um território que me toca no coração de uma forma muito especial. Primeiro conselho, abram o vidro do carro e desfrutem. Este percurso em concreto, é delicioso na Primavera. Os cheiros são incríveis. É território de muitas variedades florestais e grande campos abertos. Mais um contraste gigante em relação a tudo o que já foi visto.

Vão passar por Bicas, Vale de Açor e Bemposta. Tudo lugares de boa gente. Muitos amigos tenho por aqui. Na Bemposta, caso seja Domingo, têm de parar no campo da bola para assistir a um jogo da equipa local. Nada melhor que um jogo da Inatel para sentir as pessoas e para uma boa experiência. Esqueçam o futebol, estão ali para conviver. Os lugares perto do bar são os melhores.

Depois da Bemposta, devem seguir na direção de Água Travessa. Sim, a aldeia da minha Liliana. Um lugar muito especial para mim. São pouco mais de 10km da Bemposta até lá. A meio do caminho já perceberam que vão chegar (ou que estão num lugar diferente) a um lugar diferente. Sobreiro, campos agrícolas, gado. Nem é Alentejo, nem é Ribatejo. É uma (deliciosa) mistura dos dois. Aqui termina o concelho de Abrantes. A sul já estão a ver o Alentejo e a Oeste é concelho da Chamusca. Vão ver que as pessoas tem uma prenuncia diferente das do norte e do centro. Se ficarem mais um pouco, vão ver que a comida é diferente. Mas as pessoas são igualmente boas.

Deixem-se ficar, os finais de dia são muito bonitos por aqui. Se estiver uma noite estrelada, vai ser mais uma experiência. Parece um anfiteatro para ver estrelas, já que não existem muitas obstruções por ali. Uma das pequenas grandes coisas que existem por ali, onde a genuinidade impera.

Assim termina esta viagem, pela minha terra. Feita de diferentes mundos, em apenas 50km.

 

Muitos me dirão: “road trip só em Abrantes!? Road trip para ser road trip tem que ligar, no mínimo, Abrantes ao Cabo Norte, na longínqua Noruega!”. Isto, meus amigos, é tão falso como dizerem que praia como deve de ser, só na Republica Dominicana. Por isso, afirmo com exactidão, que podem ter uma experiência extraordinária ao fazerem uma road trip pelo concelho de Abrantes. Passo a explicar porquê e como a fazer, para atingir o estatuto de extraordinária.

Abrantes é um território muito particular. É a cidade mais central de Portugal (não confundir com o ponto 0, que esse é em Vila de Rei). Pertence à antiga província do Ribatejo e à sub-região do Médio Tejo. A Norte faz fronteira com a Beira Interior, a Este faz fronteira com o Alentejo, a Oeste faz fronteira com o concelho da Chamusca, que é do mais Ribatejo que pode existir (sim, com lezíria, cavalos e touros), e a Sul faz fronteira, novamente, com o Alentejo. Digam-me lá, se isto não é especial!? Fico sempre com “aquele brilhozinho nos olhos”, cada vez que escrevo ou falo nisto. Depois, a Norte a fronteira é definida pela albufeira de Castelo de Bode e pelo rio Zêzere e no centro, o território é “rasgado” pelo rio Tejo. Tudo isto, é sinónimo de uma diversidade enorme, que pode ser vista e vivida, ao longo dos quase 50km, que em linha recta, separam o Norte do Sul. Na Route 66, que é um sonho, fazem 50km com a mesma paisagem. Aqui, em Abrantes, fazem 50km entre paisagens, culturas e pessoas, completamente distintas.

A Road Trip:

Vou dividir esta viagem, em três etapas, que representam culturas e paisagens distintas. Norte, Centro e Sul.

NORTE

Uma viagem especial como esta, tem começar num lugar especial. Cristo Rei da Matagosa. É espécie de “pequeno segredo” de Abrantes. Poucos são as pessoas do sul e centro do concelho que conhecem este lugar. Acredito que seja o ponto mais alto de todo o território, que o transforma numa espécie de anfiteatro (ou miradouro), para a albufeira de Castelo de Bode e para as aldeias escondidas no meio da densa floresta. Demorem o tempo que quiserem a sentir a paisagem. Esta road trip é para ser feita devagar, sem pressa.

Depois de descer do cume do Cristo Rei, é seguir viagem pelas bonitas aldeias junto à albufeira. Com o azul das águas a misturar-se com verde da floresta. As primeiras aldeias vão ser Matagosa e Água das Casas. Para mim, duas simples e icônicas aldeias. Têm uma genuinidade quem me encanta, e uma espécie de charme rural, elevado pela paisagem arrebatadora que as envolve. Um cuidado. Se fizerem esta viagem no Verão, poderão apanhar as festas anuais destas aldeias. Correm um sério risco de a viagem acabar aqui. É que as festas de Verão do Norte do concelho são tão giras, que podem não querer sair de lá e esquecer por completo a road trip. Então a festa de Água das Casas, é uma coisa extraordinária.

Depois de passar Água das Casas, é seguir por uma pequena estrada de terra batida até à aldeia das Fontes. Calma, não é preciso um carro de combate para passar nesta estrada. O piso é bom. Estão a seguir pelo caminho da Grande Rota do Zêzere, que segue paralela desde a nascente até à foz do rio Zêzere. Ao chegarem às Fontes, existem dois pontos obrigatórios. A Tasquinha da Aldeia, para mim, um dos melhores restaurantes de todo o concelho, e o miradouro da aldeia, que também é o adro da igreja. Um vista monumental.

Depois das Fontes, o vosso GPS deve apontar para Aldeia do Mato. Provavelmente a mais conhecida aldeia do norte do concelho, muito por culpa da bonita praia fluvial. Também tem outros serviços, como restaurantes, tem um hotel e unidades de turismo rural, uma pequena marina e até um cable park para a prática de Wakeboard. Mas antes de chegarem a Aldeia do Mato, ainda tem paragens obrigatórias em Carvalhal, a maior aldeia que irão encontrar nesta primeira etapa, e na Cabeça Gorda, que tem a particularidade de ter acesso (de barco ou a nado) a uma pequena ilha no meio da albufeira. É local de paragem obrigatória no Verão, para um belo mergulho.

Todos os pequenos vislumbres de água são pretextos para uma paragem. Existem muitos outros lugares especiais por aqui (Maxial do Além ou Cabeça Ruiva, são exemplos). A viagem a norte, termina na Aldeia do Mato, é tempo de seguir para sul.

CENTRO

A saída de Aldeia do Mato será feita a todo o vapor. Pouco mais de 8km distam da próxima paragem, Rio de Moinhos. Já bem próximo do centro da cidade e do maior núcleo urbano deste território. Aqui vamos assistir pela primeira vez, aquela questão dos contrastes que vos falei. Em Rio de Moinhos, “naveguem” até ao antigo porto desta aldeia, junto ao rio Tejo. Vão perceber logo tudo o que vos disse. Vão perceber a grandiosidade do Tejo e as histórias que ele carrega. É um enorme espaço aberto, com a vila do Tramagal à vossa frente e com imensos campos agrícolas, que se estendem até Constância, o concelho vizinho, onde o Tejo que agora estão a ver, se irá encontrar com Zêzere, que viram nas aldeias do norte. Com Tejo e os seus terrenos férteis, acabaram de entrar numa nova dimensão. A Lezíria Ribatejana. A densa floresta de terreno irregular, deu lugar à planície de terrenos húmidos. Vinha, milheiral ou olival, são algumas visões culturais que vos irão acompanhar.

Rio de Moinhos fica mesmo na zona fronteira do perímetro urbano, portanto, num ápice entraram na cidade. Existem muito lugares obrigatórios e interessantes, mas a viagem pelo centro histórico tem que começar no Castelo. E no Castelo é obrigatório subir até à Torre de Menagem. Vão estar no centro do concelho, e por um ponto alto e de vista desafogada, vão poder admirar alguns dos contrastes deste território. A floresta de pequenas serras a norte, a planície a sul, e o Tejo e a zona histórica da cidade mesmo ao vosso lado. É tempo de deixar um bocadinho o carro e “navegar” a pé pelas ruas da cidade. As ruas são estreitas e cheias de histórias, umas mais antigas, outras mais recentes, como as obras de arte urbana deixadas pelo Creative Camp. Na cidade, devem passar pela Drogaria Nova da Joana, almoçar no Santa Isabel do Alberto, comer um gelado na Lis ou ver o que existe pela galeria quARTel.

Vamos passar para o outro lado do rio. Vamos entrar na minha terra. Rossio ao Sul do Tejo. É obrigatório passar na marginal junto rio. Um lugar muito querido para toda a gente que é dali. Muitas coisas vivi junto ao rio. Tirando a parte do coração, acho que um é lugar muito bonito, que ganha especial encanto com o cair do Sol e assistir à cidade iluminada mesmo à nossa frente, com o Tejo como base. Se for 6a feira, podem também passar pelo café Pato Bravo, que existe uma grande probabilidade de eu lá estar.

Do Rossio vamos seguir para o Tramagal. Sempre junto ao Tejo. O Tramagal é dos lugares históricos do concelho. Muito por culpa da família Duarte Ferreira e da sua metalúrgica. Com um passado industrial gigante e muito interessante. Existe um museu, que aconselho a visitar. Digam à Ligia que vão da minha parte, que ela vai receber-vos muito bem. Caso não digam nada, ela vai receber-vos muito bem na mesma. Façam-lhe muitas perguntas, que ela sabe muitas histórias. Depois do museu, vão ficar encantados com o Tramagal. Mas não acaba aqui. Ainda existe mais uma paragem. A vinha e adega do Casal da Coelheira. A vinha é magnifica e fica colada ao Tejo. Tão colada que no Inverno, com o aumento de caudal, até forma pequenas ilhas de vinha. Mais junto ao centro da vila está a adega, que é muito interessante e feita de gente boa. Vão receber-vos bem com toda a certeza. E o vinho. Sim, o vinho é muito bom. A prova é obrigatória.

SUL

No centro do Tramagal, vão encontrar uma indicação para a aldeia das Bicas. É para aí que vão seguir. Começamos a entrar na imensidão do sul do concelho. O Tejo fica para trás, e a Lezíria também. Estamos a entrar na zona da Charneca Ribatejana. Um território que me toca no coração de uma forma muito especial. Primeiro conselho, abram o vidro do carro e desfrutem. Este percurso em concreto, é delicioso na Primavera. Os cheiros são incríveis. É território de muitas variedades florestais e grande campos abertos. Mais um contraste gigante em relação a tudo o que já foi visto.

Vão passar por Bicas, Vale de Açor e Bemposta. Tudo lugares de boa gente. Muitos amigos tenho por aqui. Na Bemposta, caso seja Domingo, têm de parar no campo da bola para assistir a um jogo da equipa local. Nada melhor que um jogo da Inatel para sentir as pessoas e para uma boa experiência. Esqueçam o futebol, estão ali para conviver. Os lugares perto do bar são os melhores.

Depois da Bemposta, devem seguir na direção de Água Travessa. Sim, a aldeia da minha Liliana. Um lugar muito especial para mim. São pouco mais de 10km da Bemposta até lá. A meio do caminho já perceberam que vão chegar (ou que estão num lugar diferente) a um lugar diferente. Sobreiro, campos agrícolas, gado. Nem é Alentejo, nem é Ribatejo. É uma (deliciosa) mistura dos dois. Aqui termina o concelho de Abrantes. A sul já estão a ver o Alentejo e a Oeste é concelho da Chamusca. Vão ver que as pessoas tem uma prenuncia diferente das do norte e do centro. Se ficarem mais um pouco, vão ver que a comida é diferente. Mas as pessoas são igualmente boas.

Deixem-se ficar, os finais de dia são muito bonitos por aqui. Se estiver uma noite estrelada, vai ser mais uma experiência. Parece um anfiteatro para ver estrelas, já que não existem muitas obstruções por ali. Uma das pequenas grandes coisas que existem por ali, onde a genuinidade impera.

Assim termina esta viagem, pela minha terra. Feita de diferentes mundos, em apenas 50km.

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