Ainda há pastores. Não é um título original, mas um título sentido. Ainda há pastores, como havia antigamente. Espero que existiam para sempre.

Pastores, na perspectiva tradicional, com cajado, boina da cabeça e fieis cães a seu lado. Movendo animais para campos férteis em pastagem. Talvez com excepção de grande parte levar consigo telemóvel, o comportamento dos pastores é muito idêntico ao dos seus antepassados. Na concretização da sua arte, pouca tecnologia pode estar envolvida. Uma profissão solitária, ligada à natureza e romântica, dura, mas romântica. Pela sua antiguidade e particularidade.

Na Serra da Estrela, é comum encontrar pastores. O que atesta o carácter genuíno deste lugar. Encontrei este pastor “à porta” da aldeia do Folgosinho. Horas antes tinha passado por um no Sabugueiro. Acredito que ninguém melhor do que eles, conhece este território especial. Que existam pastores para sempre. Parece-me um sinal de que está tudo bem.

 

 

Esta história pertence ao projeto Retratos do Centro de Portugal. Vão ser construídos 365 retratos, 365 pequenas histórias, sobre toda a grande Região Centro de Portugal. Podem consultar todos os retratos aqui.

 

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