Alentejo Marmòris Hotel, Vila Viçosa, Alentejo, Portugal.
Existe alguma coisa que me aquece a alma a cada visita ao Alentejo. A forma como o Sol se comporta, a simpatia das suas gentes, a arquitectura, o vinho, a gastronomia, enfim, talvez um conjunto de grande coisas, muitas delas muito simples, que faz com a visita feita de prazeres se torne uma constante. No início do Outono, visitei o Marmòris, um hotel ícone de Vila Viçosa e do Alentejo. Levei a minha família comigo, para tudo fazer ainda mais sentido.
Uma sopa de tomate, uma açorda, um vinho lá da terra. O sentir a pedra na terra como algo precioso. O ouvir aquele sotaque, que torna qualquer conversa como uma melodia capaz de embalar e acarinhar. E depois o conforto, além do aspecto simbólico do Alentejo como elemento de conforto. Tudo isto fez do Marmòris, muito mais do que uma cama. Mas, muito mais como uma casa especial, onde todos querem o nosso melhor. Talvez o grande segredo actual do turismo seja esse mesmo, fazer com que o visitante se sinta em casa. E, meu Deus, como me senti em casa. É uma grande terapia para a mente. E depois, a Alice. Eu e a Liliana já estamos batidos nisto das viagens e do Alentejo. Mas a Alice é uma espécie de transferência do compromisso da viagem. Olharmos para ela e vermos que ela está bem, a gostar, a ganhar vida em forma de novas experiências, é o ouro da viagem. Ela não vai ter memórias desta viagem, mas ela vai seguir com ela para a vida.
Além do hotel, caminhámos pelas estradas das redondezas. Estremoz, Monsaraz, Alandroal, Terena, Juromenha ou Évoramonte. Tudo lugares que fazem parte do imaginário do Alto Alentejo e visitas (quase) obrigatórias para quem circula por aqui.
Será sempre um grande até já. O Alentejo faz parte de mim, da minha história, da história da minha família. Vamos continuar a alimentar essa bonita história.