A minha Alice faz hoje 38 semanas na barriga da mãe Liliana. Confesso que o meu sentimento é que a coisa não vai durar muito mais. Sinceramente não acredito que chegue às 40 semanas. Mas, não tenho qualquer garantia disso e talvez a Alice me comece já a surpreender e demore mais um tempo a chegar. Segundo o nosso médico ela já está toda bem formadinha e pronta para vir atormentar (no melhor dos sentidos) a cabeça aos pais. Portanto, o meu feeling é um feeling sem grandes preocupações.
Se há umas semanas, só que queria era que ela chegasse bem (continuo a querer, muito!), agora, com o aproximar da hora da chegada, já começo também a imaginar como ela será. Sem pressão, apenas curiosidade. Curiosidade aguçada pelos constantes sonhos que tenho com a minha filha. Não, ainda sonhei com ela a ir para a universidade, mas já corri muito com ela (ou atrás dela) e já a vi com muitas caras. Às vezes com a minha outras vezes com a da mãe. Mais uma vez, sem pressão. Mas acho que isto acontece com todos os pais, não? Alias acho que isto acontece com todos os encontros entre quem nunca se viu e tem laços em comum. Agora o Facebook veio estragar um bocadinho a surpresa entre os que já cá andam, mas acredito que todos (aqueles que estão prestes a ser pais), com maior ou menor intensidade, sintam o mesmo que estou a sentir. Apesar deste sentimento carregado de palpitações, nunca tive curiosidade ou desejo em fazer aquela ecografia 4D. Curioso, mas a deixar o momento alto acontecer naturalmente.
Por isso, hoje trago-vos uma pequena surpresa. Fui ao baú rever umas fotos minhas e da mãe Liliana, que hoje partilho convosco. Talvez para que também possam imaginar a carinha da pequena Alice. E também para fazerem as vossas apostas. Parecida com pai? Parecida com a mãe? Ou um misto dos dois?
Já quanto ao feitio, é que a coisa pode ficar mais complicada. Tanto eu como a Liliana, somos (aparentemente) tranquilos. Na nossa juventude não demos muito trabalho (pelo menos é que os nossos pais contam) e nem éramos de grandes birras. Mas temos personalidades bastante, como é que eu hei-de adjectivar isto, vincadas (ou fortes). E completamente diferentes. Enquanto casal a coisa resulta muito bem e encaixamos bem, mas se a pequena Alice vai buscar 2 ou 3 coisas à mãe e 2 ou 3 coisas ao pai, daquelas mais fortes, pode estar para nascer a segunda bomba atómica. Com a diferença que esta explode sem fazer barulho. Vamos ver o que vai sair daqui. Mas uma vez, aguardo tranquilamente, mas com muita curiosidade (sim, é possível estar tranquilo e curioso)
Vamos ver se a próxima história sobre a minha querida Alice já vai ser sobre a minha aventura a colocar-lhe a primeira fralda.