Aveiro e o mar. Uma história tão bonita, como antiga. O farol do molhe norte ilustra a minha memória.

Mar, ria e arte. Tudo misturado de uma forma graciosa e com uma boa dose de tradição à mistura. O mar entra em Aveiro pela ria, num momento épico e rotineiro, que transforma este lugar em algo merecedor de um constante levantar os braços aos céus, em sinal de agradecimento. Talvez por ser uma descoberta recente, para mim, vivo uma espécie de paixão assolapada com Aveiro. Culpo, muito, o mar e a ria por isso. Tal como juntar aquela peça que torna tudo mágico. Já gostava de Aveiro, cidade e região. Mas apenas de pés na terra. Agora que descobri o mar, a ria (a ria profunda) e as praias da Costa Nova, que parecem saídas de um filme vintage, onde pormenor conta. Tudo o que acontece e existe por ali, parece-me genial.

As minhas memórias, recentes, sobre este lugar, não são feitas de grandes movimentos ou espetáculos pirotécnicos. São feitas de silêncio e vento na cara. O partir e chegar de barcos de grande e pequeno porte. As rotinas dos pescadores e das suas famílias. Os moliceiros a travar, assim que avistam o mar. Ligar tudo isto com a arquitectura local, garrida e estilosa, que se move como pano de fundo secundário. E, no final, assim já com aquelas cores de final de dia, viver o momento em que os faróis começam a laborar, naquele constante e delicado cintilar.

Aveiro e o mar.

 

Esta história pertence ao projeto Retratos do Centro de Portugal. Vão ser construídos 365 retratos, 365 pequenas histórias, sobre toda a grande Região Centro de Portugal. Podem consultar todos os retratos aqui.

 

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