Em Belmonte vivem cerca de 300 descendentes de judeus que sobreviveram à inquisição. Sendo umas das maiores comunidades de descendes da Península Ibérica.
“Pensa-se que os sefarditas tenham vivido em Portugal desde o ano 10 a.C. A mais antiga marca da sua presença em Belmonte é um relicário de granito com inscrições, de 1297, pertencente à primeira sinagoga. Em 1497, D. Manuel I ordenou a conversão dos judeus ao catolicismo ou a sua saída do país. Muitos optaram por manter a religião em segredo, escondendo os objectos rituais, como os castiçais para o «Sabbat»… Mesmo depois de a Inquisição ter acabado oficialmente, em 1821, os judeus de Belmonte mantiveram os ritos em segredo.”
Foi assim até 1990. Em Belmonte e em segredo.
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Esta história pertence ao projeto Retratos do Centro de Portugal. Vão ser construídos 365 retratos, 365 pequenas histórias, sobre toda a grande Região Centro de Portugal. Podem consultar todos os retratos aqui.