episódio 3: PORRIÑO – REDONDELA
Após um dia cheio de peripécias, de querer “feito parvo” fazer o caminho à pressa e de ter mudado o chip a meio para o modo “isto é o caminho de santiago, é desfrutar”, hoje o dia foi o que se esperava, tranquilo. Fiz os cerca de 20km entre Porriño e Redondela na maior das calmas.
Levantei-me às 7h30 e fui o último a sair do albergue, a maior parte da malta às 6h já estava em pé. Se soubessem que ontem comecei a andar quase às 3h da tarde, era expulsão automática dos caminhos de santiago . Comecei a andar perto das 8h, em modo visão lusco-fusco, fruto da neblina que quase nunca abandonou o dia. Quase não vi viva alma, a essa hora, em Porriño, tirando alguns pequenos grupos de peregrinos.
O caminho foi quase todo feito em estradas secundárias, tirando belíssimas (pequenas) passagens por bosques quase que tirados de filme. Destaco a ainda a pequena localidade de Santa Eulália de Mos, uma verdadeira aldeia peregrina.
Em modo devagar/devagarinho demorei cerca de 5 horas a fazer esta jornada, parei diversas vezes e comi mais durante estas 5h do que durante o dia todo de ontem. Hoje, por estar a andar a horas decentes, cruzei-me com vários peregrinos, das mais diversas nacionalidades, curiosamente não me cruzei com nenhum português (quer dizer não me cruzei com nenhum a andar, no albergue onde estou, a malta de Portugal esta em maioria). É sempre curioso, os pequenos diálogos no caminho, a maior parte das vezes um de onde és e para onde vais, mas sempre com um espirito de companheirismo entre desconhecidos difícil de igualar. Também curiosos, são os quilômetros que em silêncio percorremos ao lado de outros peregrinos, em que para fazer (inventar) um filme sobre a vida deles, sobretudo no solitários, “o que ele está aqui fazer?, “está a fugir de quê?”, ao mesmo tempo também penso que “que filmes estarão eles a fazer sobre mim?”. Muito provavelmente só lhes deu na cabeça irem fazer o caminho ou tiveram um primo que fez e gostou. Enfim coisas do caminho.
Ah!Já tenho a primeira bolha. Estive quase a fazer uma queixa aos donos do caminho de santiago “o que vem a ser isto, fazer os caminhos sem bolhas!?” mas pronto, lá apareceu.
Ontem, no dia de doidos, alguém (muito sábio) comentou um publicação minha, assim: “caminho que nem um velho e chegas a Santiago como um novo”. Foi o que fiz hoje e vai ser o que vou fazer nos restantes dias.
Onde dormi: Casa da Herba, Redondela
Após um dia cheio de peripécias, de querer “feito parvo” fazer o caminho à pressa e de ter mudado o chip a meio para o modo “isto é o caminho de santiago, é desfrutar”, hoje o dia foi o que se esperava, tranquilo. Fiz os cerca de 20km entre Porriño e Redondela na maior das calmas.
Levantei-me às 7h30 e fui o último a sair do albergue, a maior parte da malta às 6h já estava em pé. Se soubessem que ontem comecei a andar quase às 3h da tarde, era expulsão automática dos caminhos de santiago . Comecei a andar perto das 8h, em modo visão lusco-fusco, fruto da neblina que quase nunca abandonou o dia. Quase não vi viva alma, a essa hora, em Porriño, tirando alguns pequenos grupos de peregrinos.
O caminho foi quase todo feito em estradas secundárias, tirando belíssimas (pequenas) passagens por bosques quase que tirados de filme. Destaco a ainda a pequena localidade de Santa Eulália de Mos, uma verdadeira aldeia peregrina.
Em modo devagar/devagarinho demorei cerca de 5 horas a fazer esta jornada, parei diversas vezes e comi mais durante estas 5h do que durante o dia todo de ontem. Hoje, por estar a andar a horas decentes, cruzei-me com vários peregrinos, das mais diversas nacionalidades, curiosamente não me cruzei com nenhum português (quer dizer não me cruzei com nenhum a andar, no albergue onde estou, a malta de Portugal esta em maioria). É sempre curioso, os pequenos diálogos no caminho, a maior parte das vezes um de onde és e para onde vais, mas sempre com um espirito de companheirismo entre desconhecidos difícil de igualar. Também curiosos, são os quilômetros que em silêncio percorremos ao lado de outros peregrinos, em que para fazer (inventar) um filme sobre a vida deles, sobretudo no solitários, “o que ele está aqui fazer?, “está a fugir de quê?”, ao mesmo tempo também penso que “que filmes estarão eles a fazer sobre mim?”. Muito provavelmente só lhes deu na cabeça irem fazer o caminho ou tiveram um primo que fez e gostou. Enfim coisas do caminho.
Ah!Já tenho a primeira bolha. Estive quase a fazer uma queixa aos donos do caminho de santiago “o que vem a ser isto, fazer os caminhos sem bolhas!?” mas pronto, lá apareceu.
Ontem, no dia de doidos, alguém (muito sábio) comentou um publicação minha, assim: “caminho que nem um velho e chegas a Santiago como um novo”. Foi o que fiz hoje e vai ser o que vou fazer nos restantes dias.
Onde dormi: Casa da Herba, Redondela