episódio 8: SANTIAGO DE COMPOSTELA

O dia seguinte é sempre muito estranho. Não iria fazer 20km a pé, com uma mochila pesada nas costas. Não iria levar ainda noite e provavelmente apanhar chuva. Tudo isto são coisas aparentemente más, mas que no dia seguinte fazem uma falta dos diabos. Os 6 dias do caminho, foram tão intensos que o retomar à “vida normal” é estranho.

Como dormi numa bela cama de hotel (sem ouvir ninguém a ressonar), dormi que nem um anjinho. Levantei um pouco mais tarde que nos dias anteriores. Cerca das 8h00 estava de pé, para tomar o pequeno almoço. Pequeno almoço tomado sem pressa de partir, fazer a mochila, check out no hotel, deixar a mochila na recepção e ir viver um bocadinho de Santiago de Compostela.

Adoro esta cidade, talvez muito por culpa dos caminhos, mas sinto-me tremendamente bem. Gosto muito de perder ruas de Santiago, sempre com a Catedral como referência. Como este caminho foi muito especial, decidi repetir a compostela (diploma), como no dia anterior estava cansado e não me apetecia ficar na fila da oficina do peregrino, aproveitar esta manhã para passar por lá. Parece um papel sem importância, produzido e distribuído de uma maneira industrial. Não tipo Jogos Olímpicos, que te cantam o hino e dão-te não sei quantos abraços na chegada. É mais parecido com o talho, onde tens uma senha com um número para recolher o teu diploma. Mas, mesmo assim, é sempre um momento especial. É sempre um orgulho passear por Santiago com o tubo que carrega a credencial e soltar uns “olha aquele fez o caminho, provavelmente a pé!!” entre o pessoal que chega de autocarro. 

Já de compostela na mão, fui assistir à épica missa do peregrino na Catedral. Sempre à pinha, mas lá consegui um lugar em pé com boa visibilidade. Não sendo muito religioso, fui para mim muito emocionante assistir a esta missa. Acho que faz parte do ritual dos caminhos. Tal como os peregrinos de há 1000 anos não a perderiam com certeza. Faz parte da história e dá, entre a paz e cânticos missais, para pensares o que realmente andas ali a fazer. E depois o botafumeiro, é daquelas coisas que entram naquele campo do “tem que se viver pelo menos uma vez na vida”. Este caminho mexeu muito comigo e confesso que soltei uma lágrimazita.

Depois foi tempo de comprar uns recuerdos, almoçar (uma bela tortilha com um albariño), dar mais unas voltas, voltar ao hotel para recolher a mochila e andar mais um pouco (de mochila às costas) até à estação de autocarro. Para mim o autocarro é a forma mais prática e confortável para sair de Santiago. Segui de autocarro até Braga e aí apanhei o comboio para casa.

O dia seguinte é sempre muito estranho. Não iria fazer 20km a pé, com uma mochila pesada nas costas. Não iria levar ainda noite e provavelmente apanhar chuva. Tudo isto são coisas aparentemente más, mas que no dia seguinte fazem uma falta dos diabos. Os 6 dias do caminho, foram tão intensos que o retomar à “vida normal” é estranho.

Como dormi numa bela cama de hotel (sem ouvir ninguém a ressonar), dormi que nem um anjinho. Levantei um pouco mais tarde que nos dias anteriores. Cerca das 8h00 estava de pé, para tomar o pequeno almoço. Pequeno almoço tomado sem pressa de partir, fazer a mochila, check out no hotel, deixar a mochila na recepção e ir viver um bocadinho de Santiago de Compostela.

Adoro esta cidade, talvez muito por culpa dos caminhos, mas sinto-me tremendamente bem. Gosto muito de perder ruas de Santiago, sempre com a Catedral como referência. Como este caminho foi muito especial, decidi repetir a compostela (diploma), como no dia anterior estava cansado e não me apetecia ficar na fila da oficina do peregrino, aproveitar esta manhã para passar por lá. Parece um papel sem importância, produzido e distribuído de uma maneira industrial. Não tipo Jogos Olímpicos, que te cantam o hino e dão-te não sei quantos abraços na chegada. É mais parecido com o talho, onde tens uma senha com um número para recolher o teu diploma. Mas, mesmo assim, é sempre um momento especial. É sempre um orgulho passear por Santiago com o tubo que carrega a credencial e soltar uns “olha aquele fez o caminho, provavelmente a pé!!” entre o pessoal que chega de autocarro. 

Já de compostela na mão, fui assistir à épica missa do peregrino na Catedral. Sempre à pinha, mas lá consegui um lugar em pé com boa visibilidade. Não sendo muito religioso, fui para mim muito emocionante assistir a esta missa. Acho que faz parte do ritual dos caminhos. Tal como os peregrinos de há 1000 anos não a perderiam com certeza. Faz parte da história e dá, entre a paz e cânticos missais, para pensares o que realmente andas ali a fazer. E depois o botafumeiro, é daquelas coisas que entram naquele campo do “tem que se viver pelo menos uma vez na vida”. Este caminho mexeu muito comigo e confesso que soltei uma lágrimazita.

Depois foi tempo de comprar uns recuerdos, almoçar (uma bela tortilha com um albariño), dar mais unas voltas, voltar ao hotel para recolher a mochila e andar mais um pouco (de mochila às costas) até à estação de autocarro. Para mim o autocarro é a forma mais prática e confortável para sair de Santiago. Segui de autocarro até Braga e aí apanhei o comboio para casa.

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