Castelo de Torres Novas. É como um gigante adormecido. É isso que sinto. Um castelo que envolve a cidade de Torres Novas, marca o centro e faz parte da paisagem, quase como uma raiz. É difícil passar por Torres Novas sem ver o castelo, está tão conectado ou embrenhado com a própria cidade que nem parece um castelo. Percebem? É como um dócil gigante, que dorme tranquilamente sem tempo para acordar. Passa-nos pela vista e “só” achamos normal, quando, na verdade, é gigante. Neste caso, um gigante cheio de histórias para contar.
Foi erguido por D. Sancho I, mas estima-se uma ocupação muito mais antiga. Talvez romana com ligação a Vila Cardílio (ruína romana, perto do centro de Torres Novas e do castelo), ou talvez até anterior à ocupação romana. O que é certo, é que, com a arquitetura de hoje, foi um dos muitos castelos pertencentes à linha de defesa do Tejo.
Quase foi destruído em duas épocas e por razões distintas. Primeiro, pelo terramoto de 1755, que provocou a queda de quatro torres. Mais tarde, quase que foi destruído pela entidade administrativa local, como que engolido pelo crescimento urbano da cidade. Felizmente este processo terminou em 1940, sendo mais tarde recuperado, ficando com uma “cara” bem bonita. A história recente, faz com que a história recente do castelo se confunda com a feira medieval que ali acontece anual. Uma das maiores dos país, que promete, sempre, uma viagem ao passado, pela vida, histórias e lendas deste castelo que se confunde com a cidade.
Castelo de Torres, o dócil gigante adormecido.
coordenadas: 39.480331, -8.540603
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Esta história pertence ao projeto Retratos do Centro de Portugal. Vão ser construídos 365 retratos, 365 pequenas histórias, sobre toda a grande Região Centro de Portugal. Podem consultar todos os retratos aqui.