Dezembro!? É uma espécie de pânico instalado. Muitas vezes chamada de “depressão de Inverno”. Vem o frio e a chuva, os dias duram meia dúzia de horas, consequentemente, a malta (onde eu me incluo, com toda a força) fica meio rabugenta. Eu já estava avisado para isto (afinal de contas, acontece todos os anos), mas este ano apanhou desprevenido. Ainda ontem andava de manga curta e calção e hoje só não levo o aquecedor debaixo do braço, para onde quer que vá, se não puder. Epá, custou-me!

Confesso que, muitas vezes, no Verão desejo um diazinho de frio. O chegar a casa com frio, descalçar os sapatos e aquecer os pés, é uma sensação óptima. É a altura de abrir o vinho e das luzes de Natal, e também acho piada a isso. Mas bastava um dia ou dois. Depois, voltava o “calor com fartura”. 

Uma das coisas que mais irrita na minha “depressão invernal” é 0 aumento exponencial de desculpas para não fazer coisas. Não, não estou a falar de ir fazer praia para o Algarve, ficar em troco nu na toalha, das 14h às 17h, e, de vez em quando, ir mandar um mergulho tipo bomba, tudo isto como se fosse Verão. Estou a falar de coisas básicas como….sair de casa. Já planei para aí uns 1500 quilómetros de bicicleta e 500 quilómetros a correr, que não se concretizaram, porque, assim que me levantei e coloquei o nariz fora de casa, disse “que frio meu Deus!!”, e vá de voltar para casa. Nem sabem como isto me irrita. Neste momento, vivo numa luta constante com o meu corpo para se adaptar a esta mudança de temperatura. Estou na fase do copo meio cheio, a pensar “se vivesses na Finlândia era pior”.

Espero, sinceramente, que isto me passe no próximos dias e possa passar este Inverno com alguma qualidade de vida. 

Nota: senti necessidade de desabafar, quando dei por mim a folhear catálogos de férias em Cabo Verde, Caraíbas e afins. Não pelo destino, mas só para ver o Sol.