Antiga “Cale da Vila” e hoje chamada de Gafanha da Nazaré, esta cidade costeira do distrito de Aveiro, ainda hoje não sabe a origem do seu nome. Até ao presente existem várias explicações, uma delas, segundo o Padre João Vieira Rezende, diz que a palavra surge através de uma derivação de gadanhar, que significa cortar com a gadanha, já o Padre José Gaspar diz que deriva do radical “gafo” e que sendo este um lugar onde os doentes com gafa (lepra) viriam para morrer, seria chamada de terra de “gafos”.
É ainda curioso, que este tão estranho nome, sobre o qual parecem haver dezenas de teorias mas muito poucas certezas, seja usado para outros sete lugares, havendo assim um total de 7 Gafanhas, sendo que duas pertencem ao município de Vagos e cinco ao município de Ílhavo.
Esta cidade portuária e industrial, integrada no município de Ílhavo, é fortemente marcada pela sua ligação à Ria de Aveiro e ao mar, já que faz fronteira com a Ria a Norte e a Este e com o Oceano Atlântico a Oeste, não é assim de estranhar a sua importância na indústria de transformação alimentar baseada nas pescas.
Ao contrário da complexidade que parece existir na origem desta encantadora Gafanha, gostarmos dela é um exercício brutalmente simples, e comigo, começou logo no desembarque, onde me senti imediatamente contagiado.
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Esta história pertence ao projeto Retratos do Centro de Portugal. Vão ser construídos 365 retratos, 365 pequenas histórias, sobre toda a grande Região Centro de Portugal. Podem consultar todos os retratos aqui.