É inverno e está frio em Linhares da Beira.
Não é um frio que afasta, é um frio que aquece. Apetece estar em Linhares. Estou no castelo, com o mar à minha frente. A linha do horizonte é infinita. Parece. Sinto o mar com os pés na montanha.
É bom sonhar por aqui. É fácil. O tempo parece que não anda à mesma velocidade. Parece que avança à velocidade que o fumo sai das chaminés da aldeia. A esta passada é fácil estarmos connosco e levitar para outros lugares e para outras histórias. Histórias e lugares do passado, do passado que construíu este lugar. E para outras latitudes, talvez embalado pela linha do horizonte, que parece não oferecer barreiras nem limites.
É bom estar em Linhares.
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Esta história pertence ao projeto Retratos do Centro de Portugal. Vão ser construídos 365 retratos, 365 pequenas histórias, sobre toda a grande Região Centro de Portugal. Podem consultar todos os retratos aqui.