Há cerca de 10 anos atrás, assisti no Cineteatro São Pedro, em Abrantes (no tempo em que todas as quartas-feiras passava por lá o melhor do cinema independente europeu), a um filme chamado “Paris, je t’aime”, que contava 21 histórias sem qualquer ligação entre si, apenas com um ponto comum, Paris. Para além de achar o filme interessante, fiquei com a pulga atrás da orelha com Paris. Naquela altura ainda não tinha visitado Paris e sinceramente nem estava no topo dos planos, precisamente por ser demasiado cliché ir a Paris, cidade do amor, em que pessoas metem cadeados em pontes e juras de amor eterno para frente e para trás. Não era para mim (julgava eu). Pensava ser completamente alternativo (tinha 20 anos), tal como o filme independente. Mas, tal como escrevi, o filme deixou-me com a pulga atrás da orelha, não me mostrou o Paris dos filmes (apesar de ser um filme), mostrou um Paris com pessoas reais, bonito, romântico, mas imperfeito. Foi esse primeiro contato com a imperfeição de Paris que me fez pensar pela primeira vez: “espera lá! se calhar…até posso vir a gostar daquilo”….e não é que, anos mais tarde, gostei mesmo (live)!!
»PARA FAZER
Museu do Louvre – É um dos museus mais visitados do Mundo. Provavelmente, juntamente com a Torre Eiffel, o ponto mais turístico de Paris. É um autêntico parque de diversões para quem gosta de história de arte. É completamente cliché ir ao Louvre? É! Mas vale a pena ir ao Louvre? Vale!
Passear junto ao Sena – É de filme. Isto do rios ligados com grandes cidades, normalmente dá sempre grandes (e belos) quadros (veja-se o caso de Lisboa ou Porto). O Sena, por estar no epicentro de Paris e “rasgar” a cidade ao meio, dá-lhe um encanto inigualável. De dia ou noite, a pé ou de barco. É sempre bom.
Descansar num dos jardins da cidade – Com os Jardin des Tuileries e Jardin du Luxembourg à cabeça, descansar num destes jardins é a chamada “recuperação activa”. Descansa (com estilo) das inúmeras caminhas pela cidade em lugares belíssimos. Descansar, por aqui, também é experiência (as cadeiras inclinadas, para bronzear a cara 🙂 , têm tanto de simples como de genial).
Ver a “cidade das luzes” – Cai a noite em Paris e um “nova” surge em cena, a cidade das luzes. Passeio noturno junto ao rio, com o Louvre um lado, cheio de luzes (pirâmide incluída), barcos cheios de luzes, a Torre Eiffel iluminada (a melhor forma de ver a famosa torre gigante) e a Catedral de Notre Dame a brilhar (e mais umas 100 coisas com luzes)…atenção, isto é positivo 🙂 não faz Paris parecer uma árvore de Natal ou uma feira popular. Dá realmente um encanto especial a Paris.
Palácio de Versailles – Conhecido por ser (um pouco redutor) a casa de campo de Marie Antoinette. Fica a cerca de 20kms de Paris. Possuí uma imponência arquitectónica e paisagística (muito por culpa dos seus gigantes e belos jardins) que faz valer a visita. Uma viagem ao passado ao bom (e grande) estilo francês.
Catedral de Notre Dame – impressionante por fora e vale uma vista de olhos no interior. No meu imaginário não surgiu o Corcunda (apesar das muitas gárgulas), mas sim coroações de reis e casamentos entre reis e rainhas. Deu para sentir a grandiosidade da coisa. Esta Catedral ainda tem a beatificação de Joana d’Arc no seu portfólio.
»PARA COMER
Chez Paul – Fica no agitado bairro de Bastille. Ao típico (e bom) estilo francês.
Les Deux Magots e o Café de Flore – São muito turísticos? São! Mas estamos na cidade dos clichés (vale tudo 🙂 ). Comer uma refeição leve, acompanhado de um copo de vinho francês, na esplanada destas “instituições” é uma experiência que deve ter (pelo menos) uma vez na vida.
Au Pied de Fouet – É possível comer bem e barato em Paris. Descobri esta pérola na minha última visita a Paris e certamente irei lá voltar na próxima. No bairro Saint Germain.
»PARA DORMIR
Hotel la Villa Saint Germain – 6º arrondissement. Bairro Saint-Germain-des-Prés. 500m do rio Sena. 600m do Louvre. Melhor localização é difícil. O hotel é super boa pinta. Muitíssimo bem decorado e os quartos contrariam um pouco a lógica do alojamento padrão em Paris, uma vez que têm…espaço 🙂 (é normal os quartos de hotel em Paris serem pequenos, o que de certa forma se compreende, já que, com tanta coisa boa lá fora para ver e fazer, o quarto será só para dormir).
Hotel L’ Antoine – 11º arrondissement. Bairro de Bastille. Este bairro não é muito turístico (o que me parece bem), apesar de uma localização central. Pela quantidade de gente jovem na rua, pelo número de cafés e bares, muitos com música ao vivo, carregados de gente, parece que este bairro se esta a tornar numa espécie de novo hype de Paris. Senti-me bem lá. Sempre com muito movimento a toda a hora.
Hotel la Parizienne – 6º arrondissement. Bairro Montparnasse. Este hotel fica numa das zonas mais movimentadas de Paris. Junto às Galerias Lafayette e bem perto dos Jardins do Luxemburgo. Muito bom para quem gosta de fazer umas compras, já que nas ruas próximas do hotel, estão inundadas de locais onde “pecar”. Tal como em quase todos o bairros em Paris, cafés, esplanadas e restaurantes não faltam por ali.
»COMPRAS
Champs-Élysées – A meca das compras em Paris. Paris é, de uma maneira global, uma éspecie de centro comercial ao ar livre. Em todos os cantos existem lojas, então ligadas a roupa, moda e acessórios, são às toneladas. Mas, o Champs-Élysées, conseguem, pela sua dimensão, e certa dose de mito, bater tudo. Mesmo que não compre nada, vale o passeio.
Ladurée – Anunciam-se como “donos” dos melhores dos melhores macarons de Paris. Não sei se são os melhores, mas são muito muito bons. Deveria ser chicoteado (brincar 🙂 ) que vai a Paris e não um bom par de macarons.