É difícil adjectivar o meu trabalho. Sou muitas vezes catalogado como blogger, criativo, empreendedor, escritor ou fotografo. Todas as definições estão certas. Acho que nunca vou ser só uma coisa. Também gosto que me chamem de sonhador, mas as finanças existem em não qualificar esta actividade tão nobre. Transcendente a todas estas actividades e definições, esta a palavra inspiração. Quase como se de uma outra definição se tratasse. Inspiro a viajar, inspiro a seguir (e concretizar) sonhos, inspiro a fotografar, enfim, inspiro ou tento inspirar, com vários objectivos, uns mais directos que outros. Esta vontade de inspirar segue uma velha máxima “ser inspirado para inspirar”. Quase como ecossistema, existe alguém que me inspira, eu inspiro alguém, e a pessoa inspirada vai inspirar outra pessoa. Era tão bonito se fosse assim. Eu quero acreditar que sim. Bem, tudo isto para chegar ao final e afirmar: “existem pessoas que me inspiram”. Agradeço-lhes tanto por isso.
Uma das coisas boas que esta era digital nos deu foi uma democratização da inspiração. É tal fácil ter acesso à obra e criatividade de outros. O meu cérebro às vezes parece que canta, de tantas informações boas que está a receber. O meu problema acho que mesmo esse. Assimilo muita informação e depois quero ser muitas coisas (já escrevi sobre isso). Apesar de ainda ter de ajustar os filtros, na passagem da informação. A verdade é que, sem ser uma cópia de ninguém, bem longe disso, até o meu estilo é bem vincado, todas as minhas tarefas e artes são resultado de inspiração. Apesar de ter uma memória sensorial boa, agora passo a vida a escrever, anotar e fotografar nomes e expressões artísticas. Existe tanta gente a fazer bem.
Como a partilha também é palavra chave para esta conversa toda, partilho as minhas últimas inspirações. Uns são clássicos que me encantam quase desde sempre, outros são amores recentes. (existem muitos mais, mas estes são os mais consistentes do momento)
#ANTHONY BOURDAIN
Dispensa apresentações. Apesar de agora ser um nome consensual, foi alguém que esteve à frente do tempo. Misturou comida com viagens. Enalteceu a experiência em detrimento dos resorts. Tudo isto, apresentado de uma forma ímpar. Para mim, é um clássico. Para mim, é um génio.
#MICHAEL PALIN
Mais um verdadeiro clássico. Talvez um nome que não diga muito a muita gente, mas talvez se disser que é um Monty Phyton, talvez já se comece fazer luz. Apesar de eu adorar os Monty Phyton, não é esse lado de Palin que me ilumina. Este eterno jovem, também é escritor de viagens. Acende-se sempre uma luz ou duas na minha cabeça cada vez que leio um texto deste senhor. Escreve sobre assuntos sérios com a leveza que só um Monty poderia ter.
#PLATON
Fotografo. Fotografo de pessoas. Uma das minhas recentes inspirações. Fiquei encantado com a forma com ele capta olhares e emoções através de uma imagem. Comecei a fotografar de uma forma diferente deste que comecei a explorar o mundo de Platon.
#CHRISTOPH NIEMANN
Desde que comecei a seguir os desenhos (geniais) de quotidiano de Christoph no seu projecto Abstract Sunday, que pensei 3 ou 4 vezes em me dedicar ao desenho e ao sketch. Lamentavelmente, o meu talento é pouco para esta arte. Nada fluí naturalmente. Talvez por isso, ainda valorizo mais o trabalho deste senhor. Levou-me a olhar para objectos banais de uma diferente forma e arranca-me uma expressão diferente, mas sempre sentida, todos os Domingos (dia de novo desenho). A arte é isso mesmo.
#VHILS
É artista e é português. Mais um génio. Parece-me tudo em que toca e em tudo o que envolve, vira ouro. Pelo menos para os meus olhos. Para mim, o rei deste grande boom criativo que se vive em Portugal. Inspiração diária, aos montes.
#SEJKKO
Apesar de ter um nome (artístico) quase impronunciável, este artista visual é português (orgulho). Cria sonhos e histórias, através de pequenas casinhas na sua conta de instagram. Leva o rótulo de único. Assim que aparece aquela imagem, sei que é dele. Nos dias que correm, é algo mágico.