Praia fluvial de Côja. Lugar onde o sossego vive. Alimentada pelas águas do rio Alva, pertence à bonita e histórica vila de Côja, concelho de Arganil. Passei por lá num bonito dia de Primavera.

É difícil ficar indiferente a Côja. Casas com perfil de palacete, centro histórico alinhado, rio gracioso e uma arquitetura de encher o olho, com particular destaque para suas pontes de pedras, arcadas, e para a Igreja Matriz. Cheguei a Côja vindo de Arganil, a sua sede de concelho e a caminho do alto da Serra da Estrela, num normal dia de semana. A vila corria a sua vida normal. O carteiro entregava as suas cartas, o padeiro o seu pão e as crianças brincavam na escola. Na melhor que viver e observar de uma forma transparente o lado verdadeiro de um lugar. Estacionei o carro num bonito parque verde, perto do centro da vila, compus o meu material fotográfico e coloquei o pés na terra. Caminhei pelas ruas do centro, visitei a igreja, atravessei as pontes e coloquei os olhos no rio que corre de uma forma delicada entre muros, jardins e pequenas florestas.

Confesso que desconhecia a existência de uma praia fluvial na vila. Confesso que gosto de surpresas. Confesso que foi um regalo terminar o meu passeio beira rio com a praia fluvial da vila. Quase como um lugar sagrado dentro de um lugar histórico. Entre choupos e amieiros, que envolvem o espelho de água, os meus sentidos definiram este lugar como “emana frescura e cheira a serra”. Apetece estar.

Fiz o caminho inverso, com a tal praia no pensamento, com o correr da água do rio como banda sonora e a bonita vila de Côja como pano de fundo. Para voltar, com mais tempo.

 

Esta história pertence ao projeto Retratos do Centro de Portugal. Vão ser construídos 365 retratos, 365 pequenas histórias, sobre toda a grande Região Centro de Portugal. Podem consultar todos os retratos aqui.

 

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