Promessa e Fátima são duas palavras que andam de mão dada.

Acho que esta ligação a promessas é algo muito português. Talvez latino. Em algumas das minhas viagens bem tento explicar a alguns amigos, por exemplo, do Norte da Europa, que de cada vez que ficava doente e recuperava, ou cada vez que passava de ano, ou qualquer coisa parecida, a minha mãe, no mínimo, iria colocar uma vela a Fátima. Isto, se não resolvesse ir lá a pé. Para mim, sempre foi normal. Nunca fui muito de promessas, mas também já fiz as minhas. Não sei se é algo que chega com o aumento da idade ou com a dificuldades inerentes a uma pessoa estar viva, mas esta coisa das promessas, na minha vida, parece ter tendência a aumentar. Não peço milagres, apenas coisas simples.

Portanto, até para mim, agora, se torna díficil passar por Fátima e não colocar lá uma velinha. Por mim e pelos meus.

 

Esta história pertence ao projeto Retratos do Centro de Portugal. Vão ser construídos 365 retratos, 365 pequenas histórias, sobre toda a grande Região Centro de Portugal. Podem consultar todos os retratos aqui.

 

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