Sabugal, cidade da região da Beira Alta. Terra de frio, de altitude, de serras e de granito. Terra onde nasce o rio Coa.
Tenho um fascínio por esta terra. Por tudo. Pela sua melancolia. Pela paisagem. Pelas suas pessoas. Não só pela cidade e núcleo urbano mas por todo o território que o concelho de Sabugal inclui. A Serra da Malcata e a aldeia histórica de Sortelha, são bons exemplos da definição aplicada por mim a Sabugal.
Sou muito de pessoas. Gosto de sentar a falar com elas, gosto de vê-las a viver a sua vida e as suas rotinas. Gosto de comer com elas e de me rir, muito. Mas em territórios como o Sabugal, também gosto de estar sozinho. Pegar no carro, desligar o rádio e abrir o vidro, mesmo com frio na fora. E partir. Partir sem mapa e sem destino. Sentir a grandiosidade da Natureza, ouvir os riachos no seu caminho e levar com o vento no cabelo. Foi o que fiz nesta visita a Sabugal. São 30 freguesias e um sem fim de lugares. É um território enorme, cru e belo. Perdi conta aos quilómetros. Não era importante. Terminei a viagem com este retrato. Bem no centro da cidade do Sabugal.
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Esta história pertence ao projeto Retratos do Centro de Portugal. Vão ser construídos 365 retratos, 365 pequenas histórias, sobre toda a grande Região Centro de Portugal. Podem consultar todos os retratos aqui.