Águas bravas. A nossa costa. Talvez seja este mar a principal razão da nossa diferença.
O mar cria laços, sinto-o. No meio do silêncio da natureza, surge a oportunidade para olhar com mais profundidade para o horizonte e para cada recorte de costa. Como eu me sinto orgulhoso do meu país. É lindo. Um lindo que vai além da beleza, um lindo carregado de profundidade, que a história se encarrega de marcar com traços de intemporalidade. Vai além da memória. É algo carnal e genético. Em jeito patriótico, sinto orgulho nos meus antepassados navegadores e na boa gente da minha geração que acredita na reciprocidade da relação entre o homem e o mar. O mar dá e o homem tem que estimar e valorizar o mar. A palavra sustentabilidade ganha força. Ambiental e cultural. A palavra preservação, também aparece na equação. Que comunhão homem/mar que se defina, sempre, pela palavra equilíbrio. No nosso mar é tão lindo e tão nosso.
Que as águas bravas da nossa costa nos continuem a mostrar caminhos.
(imagem captada algures entre São Martinho do Porto e Peniche)
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Esta história pertence ao projeto Retratos do Centro de Portugal. Vão ser construídos 365 retratos, 365 pequenas histórias, sobre toda a grande Região Centro de Portugal. Podem consultar todos os retratos aqui.