episódio 4: REDONDELA – PONTEVEDRA

Dormi mal, mas acordei bem. Entre o ressonar dos vizinhos do lado (um velho clássico do caminho) e os barulhos (gritos) vindos do exterior protagonizados pelos jovens de Redondela (típicos de quem bebe mais de 5 cervejitas), numa animada noite de sábado, acho nunca consegui dormir mais de 1 hora seguida. Quando embalei finalmente, os meus colegas deram o toque de alvorada, entre arrumos e partidas. À 7h15 estava pronto para começar a caminhada até Pontevedra.

Era noite quando comecei a caminhar, estava bem disposto, mas a noite mal dormida ninguém me tirava. Desta mistura tive alguma dificuldade em encontrar as setas amarelas no escuro (porque queria seguir mesmo o caminho), entre uns para trás e para a frente, lá engrenei e acho que não falhei mais nenhuma. É engraçado caminhar pelas ruas desertas e ver o dia a nascer, não digo o sol, porque com a neblina nem o vi antes do meio dia. 

Mal saí de Redondela entrei logo num bosque muito bonito, o que foi uma constante ao longo deste percurso. A mistura das árvores de grande porte, com neblina da manhã, davam-lhe um ar de encantado, quase ao melhor jeito de filme do Senhor dos Anéis. Diverti-me imenso, ia mesmo satisfeito da vida. Sentia-me abençoado (sem qualquer tipo de referência religiosa) por estar a fazer caminho tão especial e tão bonito. Outro ponto curioso e interessante, ao longo do dia de hoje, foi a presença de outros peregrinos no caminho. Cruzei-me com mais do dobro dos peregrinos, em comparação com os dois dias anteriores juntos. Apesar de ter caminhado quase sempre sozinho, falei com muitos deles, malta dos Estados Unidos, Australia, Brazil, Irlanda, Hungria, Itália, Japão, Alemanha, Espanha e claro, Portugal, isto entre outras nacionalidades que não consegui descortinar. Muito bom.

Ia devagar, mas estava a ser tão bom, que até estava a sentir que estava a passar depressa demais. Num ápice estava na bonita localidade de Arcade, a capital das Ostras, onde tive o primeiro encontro com a Ria de Vigo. Passei a ponte Sampaio, embrenhei-me pelas ruas de Arcade e “desaguei” mais uma fez num bosque. A diferença deste, em relação aos anteriores, era piso ser maioritariamente em pedra, e a subir.

Rapidamente me aproximei de Pontevedra, e a faltar sensivelmente 4 quilômetros, fiz uma coisa que raramente faço, escolhi um caminho alternativo ao original. Com uma maior extensão, junto ao rio, fugindo aos últimos quilômetros em alcatrão. Não sei se foi pela falta das setas, se pelo percurso em constante zigue-zague, se pela noite mal dormida ou se simplesmente porque tinha de ser assim, levei uma marretada no corpo, que cheguei a Pontevedra com dores no corpo desde as orelhas aos pés (aqui a dor era mais forte). Cheguei ao albergue sensivelmente às 14h00 e depois de um belo banho, estava pronto para dormir. Apesar de o meu corpinho só pedir cama, disse-lhe “não, vamos almoçar ao centro histórico”. Mais 1,5 km para lá e a mesma dose na volta. Valeu a pena, o centro histórico de Pontevedra é lindíssimo.

Onde dormi: Albergue Aloxa, Pontevedra

Dormi mal, mas acordei bem. Entre o ressonar dos vizinhos do lado (um velho clássico do caminho) e os barulhos (gritos) vindos do exterior protagonizados pelos jovens de Redondela (típicos de quem bebe mais de 5 cervejitas), numa animada noite de sábado, acho nunca consegui dormir mais de 1 hora seguida. Quando embalei finalmente, os meus colegas deram o toque de alvorada, entre arrumos e partidas. À 7h15 estava pronto para começar a caminhada até Pontevedra.

Era noite quando comecei a caminhar, estava bem disposto, mas a noite mal dormida ninguém me tirava. Desta mistura tive alguma dificuldade em encontrar as setas amarelas no escuro (porque queria seguir mesmo o caminho), entre uns para trás e para a frente, lá engrenei e acho que não falhei mais nenhuma. É engraçado caminhar pelas ruas desertas e ver o dia a nascer, não digo o sol, porque com a neblina nem o vi antes do meio dia. 

Mal saí de Redondela entrei logo num bosque muito bonito, o que foi uma constante ao longo deste percurso. A mistura das árvores de grande porte, com neblina da manhã, davam-lhe um ar de encantado, quase ao melhor jeito de filme do Senhor dos Anéis. Diverti-me imenso, ia mesmo satisfeito da vida. Sentia-me abençoado (sem qualquer tipo de referência religiosa) por estar a fazer caminho tão especial e tão bonito. Outro ponto curioso e interessante, ao longo do dia de hoje, foi a presença de outros peregrinos no caminho. Cruzei-me com mais do dobro dos peregrinos, em comparação com os dois dias anteriores juntos. Apesar de ter caminhado quase sempre sozinho, falei com muitos deles, malta dos Estados Unidos, Australia, Brazil, Irlanda, Hungria, Itália, Japão, Alemanha, Espanha e claro, Portugal, isto entre outras nacionalidades que não consegui descortinar. Muito bom.

Ia devagar, mas estava a ser tão bom, que até estava a sentir que estava a passar depressa demais. Num ápice estava na bonita localidade de Arcade, a capital das Ostras, onde tive o primeiro encontro com a Ria de Vigo. Passei a ponte Sampaio, embrenhei-me pelas ruas de Arcade e “desaguei” mais uma fez num bosque. A diferença deste, em relação aos anteriores, era piso ser maioritariamente em pedra, e a subir.

Rapidamente me aproximei de Pontevedra, e a faltar sensivelmente 4 quilômetros, fiz uma coisa que raramente faço, escolhi um caminho alternativo ao original. Com uma maior extensão, junto ao rio, fugindo aos últimos quilômetros em alcatrão. Não sei se foi pela falta das setas, se pelo percurso em constante zigue-zague, se pela noite mal dormida ou se simplesmente porque tinha de ser assim, levei uma marretada no corpo, que cheguei a Pontevedra com dores no corpo desde as orelhas aos pés (aqui a dor era mais forte). Cheguei ao albergue sensivelmente às 14h00 e depois de um belo banho, estava pronto para dormir. Apesar de o meu corpinho só pedir cama, disse-lhe “não, vamos almoçar ao centro histórico”. Mais 1,5 km para lá e a mesma dose na volta. Valeu a pena, o centro histórico de Pontevedra é lindíssimo.

Onde dormi: Albergue Aloxa, Pontevedra

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