dia 6 – 26/5/2019 | Sines – Sagres
6 dias no mar. Existem tantos 6 dias nas nossas vidas que nos passam despercebidos, entre múltiplos afazeres e rotinas ao quadrado. No mar, 6 dias passam devagar. Sinto que já estou no mar há meia vida. Agora consigo perceber, minimamente, o que sentem e sentiram, pescadores, aventureiros ou navegadores, em longas jornadas no mar. No meu caso, nem tanto saudades de terra, mas um sentimento de ausência gigante. Sim, sinto saudades da minha família. Acredito que a elas, à Liliana e a Alice, não custe tanto. Porque, na verdade, os 6 dias para elas, são 6 dias de ausência, ponto. Para mim, são 6 dias de mar.
Hoje começámos o dia em Sines, com ponto final de navegação marcado para Sagres. Dois lugares muito importantes na nossa história de mar. Sines, lugar de nascimento de Vasco da Gama, uma das maiores figuras da história nacional, descobridor do caminho marítimo para Índia. Acredito que muitas vezes tenha navegado nas mesmas águas que naveguei. Acredito, é claro, que o seu desejo de mar fosse diferente do meu. Ao navegar junto ao porto, cruzo o meu olhar com o olhar do jovem Vasco, numa rápida viagem no tempo, e aponto para o horizonte. Um simples toque no meu Samsung Galaxy S10 permite-me saber em segundos o que está para lá do horizonte. No caso do jovem Vasco, o mesmo horizonte, representava incerteza, sonhos e ambição. No caso de Sagres, o ponto final do dia, entre muitos pontos de interesse, é conhecida, no mundo dos mares, pela Escola de Sagres, uma espécie de academia naval do gigante Infante D. Henrique (muitos dizem que a escola é um mito dos mares, ao nível do gigante Adamastor, eu quero acreditar que a história da existência da escola é verdadeira). E claro, em Sagres também mora o mítico Cabo Vicente, uma lenda viva da nossa história marítima.
O dia estava perfeito. Céu limpo, vento norte e mar pouco agitado. Dobrámos Sines e eu já sabia o que iria encontrar. Sou um fã assumido e cliente assíduo da Costa Alentejana e Vicentina. Acredito que este seja uma das regiões costeiras mais extraordinárias do mundo. Já vi muitas, nenhuma tão bonita. O desafio e expectativa de hoje estava na perspectiva. Vezes sem conta, vibrei, entre caminhos desbravados com uma catana (talvez esteja a exagerar na parte da catana), com a descoberta de novas praias nesta costa. Lugares de tamanha beleza e singularidade, onde um Uau não chega para as definir. Hoje ia conhecê-las de uma diferente forma e com a quase certeza de descoberta de novos lugares, novos paraísos, muitos deles sem nome. E a verdade foi essa. Deslumbrante do primeiro ao último quilómetro. Ou, no meu caso de hoje, da primeira à última milha.
Foi como ver um concerto da minha banda favorita, numa versão acústica e inédita. Vibrei com os velhos clássicos, como Porto Covo e Vila Nova de Milfontes. Adorei as novas versões do Amado, Arrifana e Amoreira. Quase alucinei com aquelas músicas (neste caso praias) nunca antes ouvidas, sem nome e apenas definidas pelas sensações que provocam. E Sagres e o Cabo Vicente, bem, esse momento funcionou com um encore perfeito, depois umas merecidas palmas e assobios de satisfação, por tão genial concerto. Foi isto que senti.
Reforcei o meu sentimento de genialidade e orgulho. Nasci e vivo no país mais bonito do mundo. A nossa costa é bom reflexo desse sentimento.
Hoje a dormida é feita ao largo de Sagres. Amanhã zarpamos em direção a Vilamoura. Bem, agora vou desembrulhar mais umas definições e potencial do meu Samsung Galaxy S10, e congelar fragmentos do pôr-do-sol em Sagres.
6 dias no mar. Existem tantos 6 dias nas nossas vidas que nos passam despercebidos, entre múltiplos afazeres e rotinas ao quadrado. No mar, 6 dias passam devagar. Sinto que já estou no mar há meia vida. Agora consigo perceber, minimamente, o que sentem e sentiram, pescadores, aventureiros ou navegadores, em longas jornadas no mar. No meu caso, nem tanto saudades de terra, mas um sentimento de ausência gigante. Sim, sinto saudades da minha família. Acredito que a elas, à Liliana e a Alice, não custe tanto. Porque, na verdade, os 6 dias para elas, são 6 dias de ausência, ponto. Para mim, são 6 dias de mar.
Hoje começámos o dia em Sines, com ponto final de navegação marcado para Sagres. Dois lugares muito importantes na nossa história de mar. Sines, lugar de nascimento de Vasco da Gama, uma das maiores figuras da história nacional, descobridor do caminho marítimo para Índia. Acredito que muitas vezes tenha navegado nas mesmas águas que naveguei. Acredito, é claro, que o seu desejo de mar fosse diferente do meu. Ao navegar junto ao porto, cruzo o meu olhar com o olhar do jovem Vasco, numa rápida viagem no tempo, e aponto para o horizonte. Um simples toque no meu Samsung Galaxy S10 permite-me saber em segundos o que está para lá do horizonte. No caso do jovem Vasco, o mesmo horizonte, representava incerteza, sonhos e ambição. No caso de Sagres, o ponto final do dia, entre muitos pontos de interesse, é conhecida, no mundo dos mares, pela Escola de Sagres, uma espécie de academia naval do gigante Infante D. Henrique (muitos dizem que a escola é um mito dos mares, ao nível do gigante Adamastor, eu quero acreditar que a história da existência da escola é verdadeira). E claro, em Sagres também mora o mítico Cabo Vicente, uma lenda viva da nossa história marítima.
O dia estava perfeito. Céu limpo, vento norte e mar pouco agitado. Dobrámos Sines e eu já sabia o que iria encontrar. Sou um fã assumido e cliente assíduo da Costa Alentejana e Vicentina. Acredito que este seja uma das regiões costeiras mais extraordinárias do mundo. Já vi muitas, nenhuma tão bonita. O desafio e expectativa de hoje estava na perspectiva. Vezes sem conta, vibrei, entre caminhos desbravados com uma catana (talvez esteja a exagerar na parte da catana), com a descoberta de novas praias nesta costa. Lugares de tamanha beleza e singularidade, onde um Uau não chega para as definir. Hoje ia conhecê-las de uma diferente forma e com a quase certeza de descoberta de novos lugares, novos paraísos, muitos deles sem nome. E a verdade foi essa. Deslumbrante do primeiro ao último quilómetro. Ou, no meu caso de hoje, da primeira à última milha.
Foi como ver um concerto da minha banda favorita, numa versão acústica e inédita. Vibrei com os velhos clássicos, como Porto Covo e Vila Nova de Milfontes. Adorei as novas versões do Amado, Arrifana e Amoreira. Quase alucinei com aquelas músicas (neste caso praias) nunca antes ouvidas, sem nome e apenas definidas pelas sensações que provocam. E Sagres e o Cabo Vicente, bem, esse momento funcionou com um encore perfeito, depois umas merecidas palmas e assobios de satisfação, por tão genial concerto. Foi isto que senti.
Reforcei o meu sentimento de genialidade e orgulho. Nasci e vivo no país mais bonito do mundo. A nossa costa é bom reflexo desse sentimento.
Hoje a dormida é feita ao largo de Sagres. Amanhã zarpamos em direção a Vilamoura. Bem, agora vou desembrulhar mais umas definições e potencial do meu Samsung Galaxy S10, e congelar fragmentos do pôr-do-sol em Sagres.